Monique Alfradique diz que pensa como personagem de Fina Estampa e torce para ela ganhar guarda da filha Agência O Globo
Monique Alfradique está no olho do furacão. Intérprete de Bia, de "Fina Estampa", a atriz vive o sofrimento da personagem, que luta contra Esther (Julia Lemmertz) para ficar com Vitória, sua filha biológica – mas gerada pela estilista. O drama, provocado pela médica Daniele (Renata Sorrah), fez a atriz refletir sobre como reagiria à situação na vida real. Nessa entrevista, a ex-paquita também fala da carreira, do seu dia a dia e comemora, com Bia, o crescimento profissional na TV.
Você é vaidosa?
Na verdade, não. Acho que tenho uma vaidade normal, porque me cuido para o meu bem-estar. Corro todos os dias. Para mim, é uma terapia. Organizo meu dia e meus compromissos para isso. Passo hidratante com filtro solar diariamente por causa da minha pele clara e com tendência a sardas. E só uso maquiagem quando estou na novela ou em campanhas. Quando não, deixo minha pele respirar.
O que faria se estivesse no lugar de Bia?
Iria atrás da minha filha. Não podemos trazer de volta alguém que já morreu, mas a Vitória é a lembrança viva do grande amor da personagem.
Por estar contracenando tanto com este bebê lindo, dá vontade de ser mãe? Você tem esse desejo?
Sem dúvida, ser mãe está nos meus planos futuros.
Como foi ser rainha de bateria pela primeira vez numa grande escola de samba? Você já tinha a Viradouro como sua escola do coração?
Ir à quadra da Viradouro era um programa que eu fazia na minha adolescência, com meus amigos. Meu tio tocou anos na bateria da escola, então, sem dúvida, quando a rainha é da própria comunidade, a emoção de estar à frente da bateria e defender a agremiação é muito maior. Foi muito intenso, fiquei extremamente emocionada. No momento do desfile, fui feliz demais. O público vibrava quando eu acenava e essa troca de carinho entre eu, a escola e a arquibancada foi inexplicável.
Quais as lembranças que você guarda da época em que foi paquita?
Ter trabalhado com Xuxa, com certeza, ajudou bastante na minha carreira de atriz. Mas eu estudei muito para seguir a profissão: toda a experiência em palco, de luz, de posicionamento das câmeras, eu completei com cursos de teatro, de cinema com a Tizuka Yamasaki e de dança com o Carlinhos de Jesus. Foi depois de ter trabalhado com a Xuxa, como assistente de palco e também já como atriz que o Roberto Talma (diretor) me viu e me convidou para o teste do que viria a ser minha primeira novela, "A Lua me Disse", de 2005.
Sentiu preconceito quando resolveu seguir a carreira artística por ter sido paquita?
Não, minha carreira começou antes de eu trabalhar como paquita. Comecei fazendo teatro, campanhas publicitárias e participações em novelas como "Vira Lata" (1996) e "Pecado Capital" (1998).
Já tem planos para quando a novela terminar?
Descansar bastante e me reciclar para próximos personagens.